- Introdução
- O avanço tecnológico e globalização vêm se acirrando com grande velocidade histórica. A educação e o processo de aprendizagem precisam se adequar a esses novos surgimentos tecnológicos com ajuda dos meios eletrônicos de comunicação e informação os TIC’s de um sistema de ensino capaz de conectar seus alunos como indivíduo e sociedade ao meio em que vive, exigindo cada dia mais do ser humano.
Quando pensamos em tecnologia logo nos vem à cabeça, computadores,
internet, celulares etc, mas tecnologia vai bem mais além do que de uma forma
preconceituosa que pensamos ou acreditamos que seja, elas sempre estiveram
incorporadas ao nosso meio comum em diferentes momentos, podemos citar os
talheres na idade média onde as pessoas daquela época comiam com a mão, quando
os talheres foram criados era uma novidade, algo novo que nunca havia sido
utilizado antes daí o significado dessa palavra:
TIC’s – Tecnologia da
Informação e Comunicação Aplicada á Educação: Uma Introdução.
É um termo usado para atividades de domínio humano,
embasada no conhecimento, manuseio de um processo e ou ferramentas e que tem a
possibilidade de acrescentar mudanças aos meios por resultados adicionais à
competência natural, proporcionando desta forma, uma evolução na capacidade das
atividades humanas, desde os primórdios do tempo, e historicamente relatadas
como revoluções tecnológicas. A tecnologia pode ser vista, assim, como
artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de criação,
conhecimento sobre uma técnica e seus processos etc. (Texto do módulo
introdutório: Integração de Mídias na Educação disponível em www.webeduca.mec.gov.br)
·
Com a democratização dos meios de comunicação e
informação incorporadas ao nosso dia a dia, a sala de aula perdeu a
exclusividade no processo de ensino-aprendizagem, pois hoje é possível
aprender, ouvindo rádio, assistindo TV ou acessando a internet, surge ai uma
nova problematização ao sistema educacional, como lhe dar com esse mais novo
forma de ensino e incorporá-la de forma a ensinar e conscientizar os alunos de
como devem lhe dar com essas informatizações de forma independe e responsável.
Segundo Almeida:
Tecnologia Educacional no ensino do EJA
“... compreender as
diferentes formas de representação e comunicação propiciadas pelas tecnologias
disponíveis na escola, bem como criar dinâmicas que permitam estabelecer o
diálogo entre as formas de linguagem das mídias, são desafios para a educação
atual.”
1.
A EJA – Educação de
Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino amparada por lei para dar a
oportunidade aos socialmente excluídos por esse ou outro motivo ao ensino
regular, pessoas que estão fora da faixa etária permitida pela modalidade
regular.
2.
Pesquisa sobre a
utilização de tecnologia nessa modalidade são muito escassas, a metodologia de
introdução dos TIC’s a esse contexto se dá primordialmente na educação a
distância EaD de jovens e adultos que acaba sendo favorável aos alunos que
trabalham e essa modalidade de ensino que também é amparada por lei, sem contar
que essas tecnologias não deixam de ser um atrativo aos estudantes, podemos
observar essas confirmações no relatório que será apresentado a seguir:
- Relatória do GE 11: EJA e Novas Tecnologias
2.
O
texto que subsidiou as discussões e análises foi “Educação Básica de Jovens e
Adultos mediada e não mediada pelas Tecnologias de Informação e comunicação –
TICs multimídia em comunidade de aprendizagem em rede, de Maria Luíza Pereira
Angelim, disponível no Portal dos Fóruns de EJA do Brasil.
3.
A
discussão foi mediada pelos professores Karla Cezarino (UFES) e Marcelo
Schimidt (CEFETES).
4.
Inicialmente,
foram levantadas as concepções dos participantes sobre o conceito de
tecnologia. O grupo definiu tecnologia como o conjunto de conhecimentos
científicos aplicados, que estão presentes em tudo o que utilizamos
cotidianamente. A tecnologia, portanto, sempre existiu e vem evoluindo na
medida em que se expande o conhecimento socialmente produzido e historicamente
acumulado No entendimento do grupo, os diversos instrumentos e ferramentas
atualmente disponíveis, quando, utilizadas para fins pedagógicos, visando a
mediar o processo de ensino e aprendizagem, passam a ser considerados
tecnologias educacionais.
5.
Constata-se
que poucos professores fazem uso habitual das TICs em sala de aula.
6.
Um
número crescente de professores já dispõe de computadores com acesso à internet
nas escolas. No entanto, o número daqueles que ainda não têm acesso a este tipo
de recurso ainda é muito grande.
7.
Mesmo
no CEFETES, considerada uma escola de excelência, onde o número de computadores
disponíveis é bem satisfatório, questiona-se o uso dessas ferramentas como
tecnologia educacional, considerando-se que a maioria dos alunos dos cursos
técnicos recorre a esses computadores para utilização de softwares específicos,
ligados à formação profissional.
8.
Nas
escolas que já dispõem de laboratório de informática, os professores apontam
para a necessidade de uma utilização mais ampla e bem orientada desses
recursos, que acabam sendo usados apenas para comunicação via e-mail ou sites
de relacionamento, consulta à internet e digitação de trabalhos escolares.
9.
A afirmação anterior pode ser comprovada em
uma entrevista que fizemos em umas das Escolas Estaduais de renome aqui do
estado de Roraima a Escola Estadual Monteiro Lobato que segue logo após esse
relatório. (Fala nossa) As realidades dos diferentes contextos educacionais é
muito diferenciada. Alguns municípios já dispõem de profissionais da área de
informática que assessoram os professores no planejamento de atividades.
10.
Em
outros casos, os professores sentem-se inseguros, especialmente ao constatar que,
muitas vezes, os alunos têm maior domínio do uso da máquina que o próprio
professor. Além disso, algumas escolas passaram a utilizar sistemas
operacionais e softwares livres, com os quais a maioria dos professores não
está familiarizada. O uso de softwares livres passou a ser estimulado para
redução de custos e até mesmo para inibir o uso de programas “pirateados”, o
que envolve também questões éticas. Isso requer dos gestores das redes de
ensino investimento em formação para dar suporte técnico e pedagógico na
utilização das TICs.
11.
A
questão do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação está diretamente
relacionada com o ensino a distância. O decreto 5.622/05 caracteriza a educação
a distância como “modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica
nos processos de ensino aprendizagem ocorre com a utilização de TICs.Diante do
exposto, o grupo propõe os seguintes encaminhamentos gerais:
12.
Estabelecer
uma política de gestão que priorize o direito ao acesso a recursos tecnológicos
em todas as escolas, bem como a formação contínua dos professores para o uso
pedagógico desses recursos.
13.
Estabelecer
um intercâmbio entre os professores das diferentes redes de ensino, estimulando
a troca de experiências em relação ao uso das Tecnologias Educacionais. Para
tanto, seriam necessários encaminhamentos políticos no sentido de fazer
dialogar gestores e professores, em busca de soluções viáveis, aplicáveis aos
diversos contextos escolares, o que inclui a capacitação de professores e o
envolvimento de profissionais da área de informática na assessoria aos projetos
pedagógicos. Encaminhamentos específicos: Propor uma ampla discussão no fórum
de EJA sobre a idade mínima exigida para ingresso na EJA, na modalidade à
distância. A proposta trazida pelo texto estabelece os 18 anos como idade
mínima. O grupo entende que esta questão precisa ser mais bem debatida,
considerando-se as especificidades da EJA e do ensino a distância. Levantou-se
argumentos em favor da manutenção desta idade mínima, considerando-se a necessidade
de uma certa maturidade, autonomia e disciplina por parte do aluno, na auto
gestão do processo de aprendizagem. Por outro lado, é preciso ressaltar que a
flexibilização dos tempos e espaços escolares propiciada pelo ensino a
distância beneficiaria muito os alunos trabalhadores, independentemente da
idade. O uso das tecnologias acaba sendo um atrativo a mais para os jovens.
“...Ensino
Fundamental, a partir de 18 anos, em comunidade de aprendizagem em rede, com
duração mínima de 2 (dois) anos no 1º segmento e de 2 (dois) no 2º segmento
(total de 4 anos)... Ensino Médio, a partir de 21 anos, em comunidade de
aprendizagem em rede, com duração de 2 (dois) anos...”
1.
Discutir
a duração do Ensino Fundamental e Médio no ensino a distância, a exemplo do que
já vem ocorrendo nas discussões em torno da implantação da modalidade de EJA,
em contraposição aos cursos supletivos e às diversas experiências de aceleração
de estudos.
2.
Entende-se
que é necessário definir a carga horária mínima e não apenas a indicação dos
anos de duração de cada segmento.
3.
“Interatividade
pedagógica – como condição necessária garantida na relação de 1 (um)
professor(a) licenciado(a) na disciplina com jornada de 20h para duas turmas de
30 estudantes cada (60 estudantes) ou jornada de 40h para quatro turmas de 30
estudantes cada (120 estudantes), portanto, não se propõe nem o chamado
tutor(a), nem o orientador(a) de aprendizagem. Aos estudantes serão fornecidos
livros (e não módulos/”apostilas”) e oportunidades de consulta no Pólo de apoio
pedagógico”.
4.
Esclarecer
a questão do fornecimento do material didático, priorizando o uso de livros
adequados à modalidade da EJA, o que não exclui o uso de outros recursos
pedagógicos. Os professores deverão ter participação ativa na seleção do
material didático, a partir do planejamento de ensino.
5.
Ao
especificar as condições de interatividade pedagógica, o grupo propõe a
inclusão de uma carga horária destinada especificamente ao planejamento.
·
Entrevista
na Escola Estadual Monteiro Lobato
1.
Chegamos
na escola na quinta feira 19 de maio de 2010 por volta das 20:30 horas,
procuramos a orientadora pedagogica da escola que nos recebeu depois de alguns
minutos pois estava fazendo atendimento, nos apresentamos, ela nos encaminhou a
professora responsável pela sala de informática fizemos algumas perguntas e ela
nos explicou que a sala de informática só é usada através de projetos e existem
dois laboratórios com aproximadamente 35 computadores a internet e em banda
larga e jasake, o os professores, funcionários e comunidade tem oferta de curso
de aperfeiçoamento com conhecimento específico no intuito de capacitação para
saber lhe dar com os materiais tecnológicos com cursos a distância, a escola
também possui retroprojetor, data show’s, vídeos que podem ser utilizados por
alunos e professores desde que devidamente agendado.
2.
Com
essa entrevista podemos observar a comprovação da afirmação em negrito do
relatório que se encontra no final da página quatro deste trabalho.
·
Lista
de escola que oferecem a Educação de Jovens e Adultos na Capital Boa Vista do
estado de Roraima:
- Escola Estadual Elza Breves
- Escola Estadual Vanda da Silva Pinto
- Escola Estadual Maria Sônia de Brito
- Escola Estadual Severeno Cavalcante
- Escola Estadual Luiz Ritlee B. Lucena
- Escola Estadual Vanda Davi de Aguiar
- Escola Estadual Raimunda Nonata
- Escola Estadual Carlos Drumond de Andrade
- Escola Estadual Audio Comunicação
- Escola Estadual Hidelbrando F. Bitencourt
- Escola Estadual Carlos Casadio
- Escola Estadual Maria das Neves Rezende
- Escola Estadual Jaceguai Reis Cunha
- Escola Estadual Voltaire Pinto Ribeiro
- Escola Estadual Luiz Robeiro de Lima
- Escola Estadual Lobo D’almada
- Escola Estadual Monteiro Lobato
- Escola Estadual Antonio Feireira
- Escola Estadual Maria Caranã
- Escola Estadual Maria Nilce Brandão
- Escola Estadual Maria das Dores Brasil
- Escola Estadual America Sarnento
- Escola Estadual Ulysses Guimarães
- Escola Estadual Coema Souto Maior
Conclusões
·
Com o resultado do
relatório, da entrevista na Escola Estadual Monteiro Lobato, das notícias que
diariamente saem em todos os meios de comunicação e também de experiência
própria, chegamos a conclusão que os laboratórios de informáticas estão sendo
construídos e que as escolas estão se equipando e se modernizando cada dia mais
com salas de multimídias, internet e outros aparatos tecnológicos e de
comunicação que beneficiam toda comunidade estudantil de certo lugar e de certo
modo, mas podemos perceber claramente a falta de preparo de como lhe dá com
esses novos meios de forma sadia na vida do estudante fazendo que sua
aprendizagem se torne significativa em termos pedagógicos, didáticos ou até
mesmo metodológicos. Esses aparatos tecnológicos são usados de forma “fútil” se
assim podemos dizer na situação que podemos chamar de processo de ensino e
aprendizagem, ainda estamos longe de chegamos ao aprofundamento desses meios
como forma de atrair nossos alunos, mas alguns cursos já podem ser vistos no
horizonte na forma de aperfeiçoamento dos profissionais da educação no processo
de torna essas tecnologias mais significativas, rompendo a barreira de
simplesmente digitar trabalhos, usar e trocar e-mails e etc.
Referências
ALMEIDA, Maria Elizabeth
Bianconcini de. Pedagogia de projetos e
integração de mídia . Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ppm/tetxt5.htm.
BELLONI, M. L. (2001) O
que é mídia-educação / Maria Luiza Belloni - Campinas, SP: Autores
Associados (Coleção polêmicas do nosso tempo; 78)
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